13 de Novembro, uma noite fria de inverno. O colégio ia se esvaziando aos poucos. As aulas acabavam e, lá o vigia, como todos os dias... como todos os dias não. Ele não sabia, mas essa noite seria diferente. Aconteceria algo que ele nunca mais esqueceria...
Lá foi ele dar uma volta pelo colégio e, pelo visto, não tinha nada de errado. Até que ouve o som de uma melodia suave. Dirigiu-se até o Salão Nobre para ver o que estava acontecendo. “Ufa! Pirralhos”! - pensou ele. Mas, quando estava entrando, viu uma mulher lá de cima, sem cabeça! Saiu correndo e, sem ver aonde ia, entrou em um portal.
Continuava no colégio, mas estava com aulas. Entrou em uma sala qualquer e perguntou a uma moça que estava sentada em uma carteira:
- Moça, o que está havendo?
A moça, nada respondeu. Parecia que não o tinha visto.
Então, olhou para o quadro negro e lá estava escrito: “13 de novembro de 1906”. Levou um choque, pois regredira 100 anos.
- E agora, o que faria?
Foi ver se encontrava alguma coisa, perambulou pelo colégio, até que, no mesmíssimo lugar onde estava a mulher, cai um papel amassado e meio queimado. Ele olha para cima, nada vê, decide abrir o papel lá estava escrito:
- Ajude-me a dormir em paz!
Ele não compreende nada, mas depois acha que poderia ser alguma coisa relacionada à mulher que ele viu. Quando ele passava pela porta do Salão Nobre, ouviu gritos vindo lá de dentro. Resolve entrar e ver o que estava acontecendo. Uma mulher e um homem estavam discutindo:
- Você não devia ter feito isso! Pra que foi me trair? – o homem tira uma foice de trás do quadro – Eu posso te matar, sabia?
- Você não faria isso...
- Ah não?! – e corta a cabeça da mulher – Fiz..!!!
O vigia sai pasmo do Salão. Até que mais um papelzinho cai em suas mãos:
- Obrigada! Até que enfim alguém descobre quem me assassinou!
Um portal, como aquele que havia encontrado, se abre a sua frente e ele compreende que era para entrar, pois enfim havia descoberto que decapitou a mulher.
Luís Gustavo Cervi Araújo
